Do Possível ao Desejável: um contrato para todos

A política é a ciência do possível. O diálogo em curso não é o modelo perfeito que defendi, mas é a oportunidade real que temos já. Se a recusarmos, reforçamos trincheiras; se entrarmos nela com escuta ativa e propostas claras, podemos corrigir a rota por dentro.

Aprendi cedo que “a política é a ciência do possível”. Em Moçambique, isso significa aceitar o veículo que existe e trabalhar para o tornar melhor.

O desenho ideal do diálogo (neutro, amplo, conduzido por figuras reconhecidamente independentes) não aconteceu. Mas a História abriu uma brecha rara: participação cidadã mais alargada que no passado. Não a deixemos fechar.

Defendo três compromissos:

  1. Participar corrige a rota. Quem fica de fora alimenta a polarização. Quem entra com honestidade melhora por dentro.

  2. Escutar é o primeiro ato político. Reconhecer o outro como portador de uma verdade moçambicana, diferente, mas orientada ao bem comum, é o que permite converter polifonia em consenso.

  3. Priorizar os mais fracos. Um novo contrato social só se legitima se o primeiro beneficiado for quem menos tem.

Se conseguirmos isto, o diálogo deixa de ser mais um papel e passa a plataforma de transformação: produção alimentar, saúde, infraestruturas, habitação digna e educação como bases da nossa emancipação, reduzindo dependências externas e fazendo o país crescer por dentro.

O vídeo está no YouTube com a reflexão completa. Clica no botão para ver, deixa o teu comentário e partilha com quem quer um país menos polarizado e mais justo.

Reply

or to participate.