- Severino Ngoenha
- Posts
- Parem de Brincar com Moçambique
Parem de Brincar com Moçambique
Há um tempo para tudo. O nosso tempo é o do diálogo que gera esperança.Nunca tivemos tanta gente a reconhecer a necessidade de conversar. As modalidades podem não ser perfeitas, mas é com o que existe que se abre caminho. A questão já não é “gosto ou não gosto do modelo”, é como participo para o melhorar.
Cada época pede uma atitude. A nossa pede diálogo com resultados. Há um raro consenso nacional sobre a necessidade de conversar; divergimos nas modalidades. Aceito o desacordo, mas recuso a desistência. Participar é o único modo de endireitar o caminho.
No episódio desta semana defendo três compromissos:
Fazer nascer a esperança. Não esperar milagres; construir com políticas, hábitos de linguagem e atitudes institucionais que aumentem confiança e diminuam o conflito.
Participar como co-autores. Não como “donos da verdade”, mas como parte de um processo que procura uma verdade comum, aquilo a que Rousseau chamava vontade geral.
Desarmar a polarização. Opiniões fortes são bem-vindas, mas o objetivo é conjugar e unir. Onde o tom é de guerra, não brota consenso.
Trato também do que está “na mesa”: iniciativas parlamentares, COT, inquéritos e propostas vindas de várias instituições. Podemos debater formatos, porém é este o veículo disponível. A tarefa é fortalecê-lo para que entregue mais participação, mais transparência e mais justiça distributiva.
No fim, quem deve ganhar é Moçambique — não uma família política. Comunidade significa partilhar valores, símbolos e recursos; só assim alimentamos a esperança dos de hoje e deixamos esperança aos que virão.
O vídeo com a reflexão completa está no YouTube. Clica no botão para assistir, deixa o teu comentário e partilha com quem acredita que é possível discordar sem destruir.
Reply