- Severino Ngoenha
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Os ventos da mudança
Quando o vento não sopra, o mar está quieto (mar chão) e até as folhas mais ligeiras não abanam: perde-se a noção do tempo. Só são históricos os eventos que resultam do liber arbitrium, que mobilizam vontades e determinações para se atingirem teleologias (finalidades) escolhidas e desejadas.
O Paradoxo de Epicuro
Os nossos 25 de junhos (independências), mesmo os mais arrojados e marxistas, foram sempre (como o idealismo alemão, a economia política inglesa e o socialismo utópico francês, contra os quais Marx se ergueu) políticas inscritas num cosmogonia caucasocentrada.
DESPREOCUPADOS RUMO À GUILHOTINA
As nossas estruturais guilhotinas levam a que as nossas lideranças políticas continuem a correr e fazer maratonas, sempre que são convocadas a cimeiras França-África, EUA-África, Turquia-África, China-África (sem mesmo se darem ao trabalho de concertar umas com as outras) e até a formar bicha de vassalagem na coroação de monarcas em nome da Commonwealth (que só beneficia aos ingleses), ignorando as responsabilidades preponderantes do Império Britânico na escravatura e na divisão e colonização de África.
Prelúdio pós mortem em (de) R(apper) maior
Ainda não vimos a elite moçambicana a aceitar o desafio (democrático) de ser capim alto: parlamentares a dissociar-se pelo voto das políticas autocráticas dos próprios partidos, membros do(s) partido(s) que apresentem dentro e fora do partido o seu desacordo e dissensão para com as políticas do próprio partido.
Quo vadis philosophia?
Na província da Zambézia (por exemplo) o meio de transporte mais comum -para os mais afortunados- é a bicicleta, no momento mesmo em que em outras latitudes, as viagens para o espaço se multiplicam; a distância que nos separa do mundo dos outros vai da bicicleta as naves espaciais.